quinta-feira, abril 21, 2005

Notícias do Vaticano

Ti ti ti ti, ti ti ti ti
Substituição na equipa do Vaticano, sai com o número 2 João Paulo e entra para o seu lugar, com o número 16, Bento.
Foi uma informação casa de alterne "Habemus Papadas"


"Sou um humilde construtor nas obras de Ponte de Sôr."
(Frase que seria proferida caso o Papa eleito fosse de origem africana)


Força Policarpo! Eles vão descobrir que o Ratzinger anda na ganza e come criancinhas. Aqueles olhos não enganam ninguém!

AS & JM

segunda-feira, abril 18, 2005

Brocas

Brooooooocaaaaaaas,
Começo a fumar as primeiras brocas...

* adaptado do anúncio publicitário com Alexandra (trinta e oito!) Lencastre.

quinta-feira, abril 14, 2005

Manifesto Anti-Fyssas *

Uma equipa que se deixa representar por um Fyssas é uma equipa que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!
Abaixo a equipa!
Morra o Fyssas, morra! Pim!
Uma equipa com um Fyssas a cavalo é um burro impotente!
Uma equipa com um Fyssas à proa é uma canoa em seco!
O Fyssas é um cigano!
O Fyssas é meio cigano!
O Fyssas saberá cruzar, saberá dobrar os centrais, saberá efectuar cortes em carrinho, saberá afundar a equipa, saberá tudo menos jogar futebol que é a única coisa que ele faz!
O Fyssas pesca tanto de futebol que até faz golos de penalty na própria baliza!
O Fyssas é um habilidoso!
O Fyssas veste-se mal!
O Fyssas usa ceroulas de malha!
O Fyssas especula e inocula os concubinos!
O Fyssas é Panagiotis!
Morra o Fyssas, morra! Pim!
O Fyssas nu é horroroso!
O Fyssas cheira mal da boca!
Morra o Fyssas, morra! Pim!
O Fyssas é o escárnio da consciência!
Se o Fyssas é benfiquista eu quero ser sportinguista!
O Fyssas é a vergonha do futebol mundial! O Fyssas é a meta da decadência mental!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
E quem lhe lave a roupa!
E quem tenha dó do Fyssas!
Morra o Fyssas, morra! Pim!

* Adaptado de “Manifesto Anti-Dantas” de José de Almada Negreiros

JM & AS

Sá dá-me

É verdade, ao que parece o governo dos E.U.A. mantêm vivo Saddam Hussein apenas por questões comerciais e não por uma questão de ética e bom senso. Foi criado um novo serviço sms denominado por “Quem quer sovar Saddam?”, os concorrentes enviam a sua sms para o número 3393 com as palavras “quero sovar Saddam porque…” e a frase mais bonita dá direito a uma sova no ditador. O feliz contemplado tem direito a escolher o objecto com o qual irá descarregar a sua ira, objectos que vão desde o tradicional chinelo, passando pelas soqueiras e pela colher de pau, acabando nos ferros, paus e pedras e por aí adiante.
O governo americano quer alargar o seu serviço a mais ditadores como o ditador da Coreia do Norte, o de Cuba e o do Ruanda, não havendo limites para a sua futura expansão.
Os portugueses esperam ver o seu desejo realizado, é verdade que não temos nenhum ditador mas é verdade ou não que era um bom escape ao stress poder bater no Fyssas? Ou mesmo no Joaquim Monchique e no Alex o Mister Gay…
Para acabar em chave de ouro é também possível adquirir sons reais para o seu telemóvel da cena caricata entre Saddam e Sá Pinto (jogador do Sporting) em que Saddam já em claro desespero gritava a Sá Pinto: “Sá, dá-me”.

AS :(

P.S. o trocadilho de baixo nível “Sá, dá-me” não é da minha autoria portanto não me cuspam na cara quando tiverem oportunidade para isso…

Carlos e Camila

O casamento mais esperado por muitos ingleses- mais precisamente dois, Carlos e Camila- aconteceu no passado sábado.
Pela primeira vez na minha vida senti-me verdadeiramente o herdeiro do trono português. Não possuo aquele elegante bigode que lhe confere um ar de pacóvio, mas eu, tal como D.Duarte Pio, fui desprezado pela coroa britânica e assisti via TV ao celebérrimo acontecimento.
Assim, às 7 da manhã vesti o roupão- há quem lhe chame robe, mas prefiro claramente roupão- e sentei-me no sofá, pronto para seguir as incidências do casamento. Cinco horas e meia mais tarde começou a emissão na TVI, com o sempre pateta e insuportável Henrique Garcia, com a espalhafatosa e imbecil Júlia Pinheiro e, para completar a coluna de palonços, a idiota e incomodativa Paula Bobone. É claro que poderia mudar de canal, porém, na RTP, estavam dois símbolos de masculinidade chamados Eládio Clímaco e Augustus, o que me fez preferir o canal de Queluz.
A televisão mostrava imagens em directo de Windsor e, sim, lá vinha ela, a noiva. Os estilistas, cabeleireiros, maquilhadores e toda a equipa que tratou da Duquesa da Cornualha esforçaram-se, esmeraram-se, lutaram contra as adversidades. Em vão, Camila não foi, nem nunca podia ser uma noiva bonita. Desconfio, aliás, que Camila Parker Bowles é a parte de trás do acidente de Diana.
A emissão continuou. Excrementos fétidos saídos da boca dos apresentadores persistiam em entrar pela minha casa e amontoava-se à minha frente. Apaguei o televisor e fui tomar a medicação.

JM

Bubas *

Buuuuuuubaaaaaaas,
Começo a apanhar as primeiras bubas...

* adaptado do anúncio publicitário com Alexandra («és tão boa, és tão boa...») Lencastre.

AS & JM

segunda-feira, abril 11, 2005

O adepto benfiquista

Agora que regresso para limpar o pó que se acumulava por cima do contador de visitas e para cortar algumas silvas que aqui e ali apareciam e davam um ar de abandono ao blogue, tenho a noção de estar a arruinar todo o meu futuro. Depois de um texto sobre um assunto duplamente sagrado, a Igreja, escrevo agora sobre outro dos temas intocáveis: o clube de futebol.
É que, de tempos a tempos, dá-se a aparição de uma espécie bastante bizarra que dá pelo nome de benfiquista.
O benfiquista é um adepto que se habituou a sofrer ao longo dos últimos anos e que, talvez por isso, apenas dá mostras de que realmente existe quando a ocasião é de festa. Mas o mais estranho no adepto encarnado é a sua linguagem, partilhada por todos os elementos e utilizada em todas as ocasiões. Vamos a exemplos concretos:
Imaginemos que um adepto do Sporting é interpelado por um jornalista no final de um jogo, dando-se o seguinte diálogo:
Jornalista: -O que achou do jogo?
Adepto sportinguista: -Penso que o Sporting fez uma exibição exímia e a vitória, sem qualquer tipo de desprimor para o adversário, poderia ter sido bem mais avolumado. Efectuámos uma constante pressão no meio-campo adversário, cortando as linhas de passe e construímos o nosso jogo ofensivo com parcimónia, pois o adversário tem atletas de grande calibre na condução de céleres contra-ataques. O nosso treinador esteve brilhante nas alterações e leu muito bem o jogo em termos tácticos.
Constatamos que o adepto sportinguista é uma pessoa que sabe do que fala e está preparado para responder às questões.
Façamos agora o teste com um adepto portista:
Jornalista: - O que achou do jogo?
Adepto portista: - Ganhámos bem, dominámos do princípio ao fim. Penso que a óptima disposição táctica da equipa aliada a uma boa transposição defesa-ataque esteve na base da vitória. A colocação de um líbero rápido atrás do central de marcação demonstra que o nosso técnico estudou o adversário, procurando anular o perigo do ataque do nosso antagonista de hoje. De realçar ainda a colocação de dois médios fortes na marcação e no preenchimento de espaços que libertaram o nosso criativo apenas para a construção de jogo e rombo para o lugar do ponta-de-lança, sem ter quaisquer preocupações defensivas.
Verificamos que o adepto portista tem variadíssimos conhecimentos técnico-tácticos e sabe analisar um desafio de futebol.
Passemos agora ao benfiquista:
Jornalista: -O que achou do jogo?
Adepto benfiquista: -(com o “coirato” na mão) BENFICA, BENFICA, BENFICA...
Jornalista: (insiste) Acha que o Benfica ganhou bem?
Adepto benfiquista: -(cuspindo metade do “coirato”) BENFICA, BENFICA, BENFICA...
Jornalista: (querendo obter uma resposta) Como se chama?
Adepto benfiquista: (com o bigode cheio de “coirato”) BENFICA, BENFICA, BENFICA...
Esta é a linguagem do benfiquista. Não vale a pena. Deêm-lhes fogo de artifício, tirem-lhes o Rui Costa, digam que o Fyssas é bom jogador (sem se rirem). A resposta é invariavelmente a mesma.

JM

Papa

ATENÇÃO. Este texto deverá ser evitado pelas seguintes pessoas: Padres; Cardeais; Bispos; Arcebipos; Freiras; Sacristãos; Seminaristas; Monges; Jesuítas; Meninos do Coro; Beatas; Catequistas; Coveiros; Escuteiros; Funerárias; Padre Frederico; As senhoras que pedem dinheiro na missa; Pessoas que sabem o Pai Nosso; Pessoas que sabem o Avé Maria; Pessoas que sabem o Salvé Rainha; Pessoas que mesmo não sabendo as três referidas orações suprem essa pecha recitando na perfeição o Credo; Pessoas que frequentam a Igreja; Pessoas que não acreditando em Deus, gostam de ver a Eucaristia Dominical; Pessoas que usam e abusam de expressões como «Graças a Deus» e «Se Deus Quiser»; Pessoas que depois de grandes tragédias, ainda utilizam as referidas expressões; Pessoas que ouvem a Rádio Renascença; Pessoas que têm no vidro traseiro do carro um autocolante com a frase «A Rádio Renascença é um espectáculo»; Pessoas que só acreditam um bocadinho em Deus, mas que rezam muito às sextas-feiras antes do EuroMilhões; A minha vizinha do 3º andar.


Karol Wojtyla, Papa, João Paulo II, Santo Padre, Sumo Pontífice, foram apenas alguns dos nomes que povoaram televisões, rádios, jornais e conversas de café ao longo da última semana. A estes nomes surgiu quase sempre associada uma palavra: espera. A longa espera pelo simbólico fechar das portadas, do tocar dos sinos e, para alguns, do ameaçado começo, com transmissão televisiva, do Boavista-Sporting.
Falou-se muito, especulou-se ainda mais, ninguém queria ouvir, mas todos queriam anunciar em primeira mão aquilo que há muito se esperava: o Papa partiu.
O tempo já pisou o assunto na sua marcha apressada. Na retina ficam as intermináveis filas formadas por centenas de milhares de fiéis, sedentos por contemplarem João Paulo II em eterno descanso. Para lá chegar a espera ultrapassava as 15 horas, mais alguns minutos do que para encontrar, há cerca de um mês, um bilhete para o concerto dos U2. Compreensível, pois os dotes vocais de Bono deixam muito a desejar, quando comparados às missas cantadas do Santo Padre no auge do seu pontificado.
Ergue-se agora uma questão chamada sucessão. O português D.José Policarpo é um dos cardeais que pode vir a suceder a Karol Wojtyla à frente da Igreja e a eleição de um Papa de nacionalidade portuguesa tem pelo menos um ponto positivo. Se na Polónia foi instituído um novo feriado em homenagem a João Paulo II, daqui por uns anos poderíamos ter um novo dia feriado no calendário português. Eu estou com Policarpo.
O Cardeal de Lisboa já deixou escapar que, caso seja o sucessor de João Paulo II, irá adoptar o nome Clemente e, ao que tudo indica, será esse o cantor mais ouvido no auto-rádio do Papa Móbil.

JM