quarta-feira, setembro 28, 2005

Até Sempre Galinha Estéril

Café Funchal, Odivelas, 4 de Novembro de 2004. Dois jovens baloiçam ingénuamente os pés nos altos bancos de balcão. “Mais duas e um pires de tremoços”, diz um deles. As garrafas, dispostas em fila, dão a entender que o fígado passou por momentos de grande aflição enquanto a ausência das cascas dos tremoços indiciam que dois pobres estômagos se encontram em grande azáfama. A cerveja fermenta em conjunto com os tremoços e os intestinos começam enfim a funcionar. Pedem-se as chaves da casa de banho e eis que surge a Galinha Estéril no horizonte.
Lembro-me desse momento de esforço como se fosse hoje. Hoje que aqui deposito as últimas palavras e parto para um outro projecto, verto duas lágrimas marotas. A Galinha deixa o mundo dos vivos. Mas sorrio porque não é um adeus, é, isso sim, um até já. Junta-mo-nos ao João Campos, naquilo que promete ser uma grande pocilga e que promete oferecer mais do mesmo.
Ao AS agradeço o facto de ter sustentado esta casa enquanto eu estive às portas da morte. E obrigado pelas flores que deixou na minha mesa de cabeceira quando o Padre (perdão o Senhor Padre) me foi dar a Extrema Unção.
A todos um muito obrigado
Venha visitar Os Três Porquinhos. Serão bem recebidos.

JM