O que fazer?
O que fazer quando as ideias não fluem e os pensamentos se baralham? Que fazer quando a cabeça de tão confusa nos diz para deixar tudo para trás, esquecer os sonhos, que, por se terem sonhado tantas e tantas vezes, se transformam numa realidade tão verdadeira que cega e inebria?
Nestes casos há que acreditar ainda mais, fechar os olhos e ver na escuridão um fio de luz, mesmo que ténue, nos guie por entre caminhos espinhosos e bosques densos até ao mais luminoso dos pensamentos almejados.
Mesmo assim a vontade é de desistir, sucumbir perante a gravidade dos arranhões. O paraíso tão longe, convida à entrada no inferno mesmo aqui a dois passos. O azar em todas as esquinas e a estrelinha da sorte perdida noutros céus, nos céus de todos os que me rodeiam, mas que ficam a distâncias infinitas. Porquê?
O que fazer então? Lutar, esperar eternamente pelo sorriso ou ter no choro imediato a salvação enganosa para todos os males?
Ter orgulho em dizer que se tentou é bem melhor do morrer sem se procurar a felicidade. Então que assim seja.
JM
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